domingo, 7 de setembro de 2008

Vídeos Interessantes

Como os vídeos não estão disponíveis no momento para download, você poderá vê-los no site da Revista Novaescola.

http://revistaescola.abril.com.br/multimidia/indice_videos.shtml

1) Atividades realizadas pela Profª Mariluci Kamisaka.

22/12/2007
- Alfabetização - Ler para aprender a ler
- Alfabetização - Leitura do professor (agosto)
- Alfabetização - Escrever para aprender a escrever (agosto)
- Alfabetização (novembro)

2)Telma Weisz fala sobre os processo de aquisição da leitura e escrita.

14/04/2008
- Alfabetização - Telma Weisz - 1ª, 2ª, 2ª e 3ª parte.

Níveis Psicogenéticos - Sondagem

Níveis psicogenéticos:
Os níveis estruturais da linguagem escrita podem explicam as diferenças individuais e os diferentes ritmos dos alunos. Segundo Emilia Ferreiro são:

1) Nível Pré-Silábico- não se busca correspondência com o som; A criança tenta nesse nível:
diferenciar entre desenho e escrita ,utilizar no mínimo duas ou três letras para poder escreve palavras ,reproduzir os traços da escrita, de acordo com seu contato com as formas gráficas (imprensa ou cursiva), escolhendo a que lhe é mais familiar para usar nas suas hipóteses de escrita, percebe que é preciso variar os caracteres para obter palavras diferentes
2)Nível Silábico- pode ser dividido entre Silábico e Silábico Alfabético:Silábico- a criança compreende que as diferenças na representação escrita está relacionada com o "som" das palavras, o que a leva a sentir a necessidade de usar uma forma de grafia para cada som. Utiliza os símbolos gráficos de forma aleatória, usando apenas consoantes, ora apenas vogais, ora letras inventadas e repetindo-as de acordo com o número de sílabas das palavras.Silábico- Alfabético- convivem as formas de fazer corresponder os sons às formas silábica e alfabética e a criança pode escolher as letras ou de forma ortográfica ou fonética.
3)Nível Alfabético- a criança agora entende que:
a sílaba não pode ser considerada uma unidade e que pode ser separada em unidades menores
a identificação do som não é garantia da identificação da letra, o que pode gerar as famosas dificuldades ortográficas
a escrita supõe a necessidade da análise fonética das palavras

Sondagem:
É fundamental que seja realizada uma avaliação diagnóstica ou sondagem, para partirmos do que nossos alunos já sabem, tornando assim, nosso ensino muito mais significativo e coerente.
Para fazer a sondagem, organizamos uma lista de palavras com o mesmo tema, com palavras polissílabas, trissílabas, dissílabas e monossílabas, e uma frase com palavras da lista.
Numa folha de sulfite, peça ao aluno que escreva o seu nome.
Dite a palavra inteira, não em sílabas.
O aluno escreve e o professor solicita a leitura da palavra. O aluno lê apontando com o dedo o que escreveu. A cada bimestre deve ser realizada uma nova sondagem para verificar os avanços dos alunos.
Exemplos:
Lista de material escolar
LAPISEIRA
CADERNO
LÁPIS
GIZ
Frase: O LÁPIS CAIU NO CHÃO.

Retirado de: http://ensinofundamentalwb.blogspot.com/2008/08/alfabetizao-e-letramento.html

Construtivismo

Pensei em escrever sobre o construtivismo mas achei este texto interessante e resolvi colocar.

Em síntese: o que é o Construtivismo ?

O Construtivismo é uma teoria. Não podemos dizer que se trata de um mero modismo, como ouvimos muitas vezes nossos professores dizerem. Trata-se de uma teoria e como tal, pode, como qualquer outra teoria, ser substituída ou modificada radicalmente por outra.

Trata-se de uma teoria que procura descrever os diferentes estágios por que passam os indivíduos no processo de aquisição dos conhecimentos, de como se desenvolve a inteligência humana e de como o indivíduo se torna autônomo. Portanto, podemos dizer com certeza, que essa teoria não nasceu da preocupação em melhorar a qualidade do ensino e nem com a intenção de se tornar um método para ser aplicado por professores nas escolas.
À luz das descobertas feitas pelas teses construtivistas, muito se tem escrito sobre como poderia ser o processo de ensino fundamentado nessa teoria. Muitas das críticas que temos sobre o construtivismo, advém da tradução dessa teoria feita para a pedagogia, por alguns educadores, objetivando justificar a adoção de determinados procedimentos no ensino
Construtivismo não é remédio miraculoso, nem instância normativa pedagógica para os problemas que afligem o nosso ensino, assim como a introdução de novas tecnologias, como o uso de computadores nas escolas, não resolvem por si, a situação da educação.
Construtivismo não finaliza, nem esgota, aquilo que se deve saber sobre educação, não é começo e nem fim, pois o desenvolvimento de novas pesquisas, ampliam a cada dia as fronteiras e limites do conhecimento pedagógico.
Temos que recordar a existência de diferentes posturas teóricas sobre um mesmo objeto de conhecimento e que nossa ação-reação deve sempre estar baseada em um processo de reflexão fundamentado criticamente.

Vera Lúcia Camara Zacharias é mestre em Educação, Pedagoga, consultora educacional, assessora diversas instituições, profere palestras e cursos, criou e é diretora do CRE.

http://www.centrorefeducacional.pro.br/saconstr.html

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Agrupamento Produtivo


É dispor os alunos em duplas, trios ou quartetos considerando os níveis próximos segundo a psicogênese da escrita, permitindo o diálogo a troca de informações. É possibilitar a atuação na zona de desenvolvimento proximal através de situações comunicativas que favorecem o uso da linguagem e o processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança.
Assim, formar um ambiente favorável de mediação e interação que contribua para a aprendizagem do aluno, desenvolvendo atitudes solidárias, respeitando os momentos de cada um, como falar e ouvir o outro, estimulam os alunos e facilitam o trabalho pedagógico no atendimento individual e grupal.

domingo, 31 de agosto de 2008

Mediação - Conceito Zona de Desenvolvimento Proximal


Vygotsky afirma que a relação do homem com o mundo é mediada. Os processos de mediação modificam-se ao longo do desenvolvimento do indivíduo e as relações mediadas sobrepõem-se às diretas e a mediação ocorre por meio de signos e instrumentos.
As representações que substituem o real possibilitam à pessoa transcender o espaço e o tempo, estabelecer relações mentais na ausência de objetos, planejar, ter intenções. As representações mentais da realidade constituem os principais mediadores da relação homem-mundo.
O conceito de zona de desenvolvimento proximal, constituído pela distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial, muda o olhar sobre a interação do aprendiz com outros aprendizes e com o educador. Pois deixa de observar apenas o produto final da aprendizagem, mas sim o seu processo, possibilitando a superação das dificuldades por meio da mediação do professor ou de colegas mais experientes.
Assim, esse caráter dinâmico do processo de ensino-aprendizagem e do seu resultado envolve uma postura diferente do educador, caracterizada pela mediação da aprendizagem.
A mediação pedagógica é a atitude, o comportamento do professor que se coloca como facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e a aprendizagem, que colabora ativamente para que o aprendiz chegue ao seu objetivo.
No processo de alfabetização o professor deve estar particularmente atento ao nível de desenvolvimento do aluno de forma a mediar adequadamente o processo, não exigindo do aluno uma autonomia que ele ainda não possui.

Interação- Processo Inter e Intra Subjetivo

O dinamismo da nossa realidade tem exigido um repensar de todo o processo de construção de conhecimento e do papel dos atores do processo de ensino-aprendizagem.
Nesse sentido a visão histórico-cultural que concebe a relação entre sujeito e objeto, no processo de construção de conhecimento como interativa, vem preencher essa necessidade. A criança desde o seu nascimento já é inserida à história e a cultura de seus antepassados, em meio a uma rede histórico-cultural de diversos indivíduos e organizações, com as quais interage, participando de forma ativa da construção da sua cultura e de sua história. Ao se interagirem todos os sujeitos influenciam-se e modificam-se. Assim construção de conhecimento ocorre em dois momentos o inter subjetivo e o intra-subjetivo.

Aprendizagem da Leitura e Escrita

Sob a perspectiva de Vygotsky, o contato da criança, com símbolos da escrita, não garante o seu aprendizado pois, serão um punhado de códigos desprovidos de sentido, tratados fora do contexto do aprendiz.
Assim, na alfabetização, a aprendizagem da leitura e da escrita se dará eficientemente se trabalhada a linguagem em seu aspecto real e social.
Dentre os procedimentos recomendados, o mais importante é em relação ao uso social da linguagem (oral e escrita), iniciada pela compreensão das funções sociais da escrita, através da vivência de situações reais, na qual as pessoas fazem uso da escrita.
A função social da escrita refere-se ao fato de ser ela produzida para o meio social, dotada de significado e sentido, tanto para quem escreve como para quem lê, cumprindo o seu papel social. Relaciona-se diretamente ao seu papel na comunicação, entre pessoas.
Quando as crianças começam a "grafar" textos ainda elegíveis, o professor deve respeitar e valorizar esta escrita, pois o importante é o sentido que a criança dá ao texto.
A natureza da língua escrita estabelece que a aprendizagem da escrita exige mais do que a imitação do adulto que escreve, dando o seu caráter duplamente simbólico. A decifração do código escrito não se realiza sem a interferência e a explicação pelo mediador, dos critérios dessa convenção. O grau de mediação entre aprendiz e a relação significante/significado é que permite que ele se aproprie do código escrito.
A visão e a audição são os diferentes canais da codificação da escrita, que nem sempre atuam simultaneamente.
Portanto, dificilmente, alguém aprende a escrever sozinho sem alguma interferência, seja direta ou indiretamente, de outros sujeitos que possam estabelecer a relação entre linguagem oral e sua representação escrita, quer lendo em voz alta enquanto aponta a palavra, quer escrevendo à medida que lêem.